Deputados ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (15), para denunciar o descaso da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com milhares de estudantes do ensino médio no estado.
Primeira a se pronunciar, a deputada
Cleide Coutinho (PSB) informou que no município de Caxias, localizado na
região dos Cocais, a situação pior é constatada nos anexos do Centro de
Ensino Thales Ribeiro Gonçalves, situados nos povoados Rodagem, Buruti
Corrente, Cabeceira dos Cavalos e Chapada, que ainda não estão
funcionando porque aguardam a contratação de professores. “Na sede de
Caxias, as escolas funcionam normalmente”, disse.
Segundo ela, os anexos dos povoados
Nazaré do Bruno, Estiva e Alecrim também enfrentam problemas, porque
estão funcionando precariamente e alternadamente, também por falta de
professores, que devem ser admitidos por concurso público, promovido
pelo Governo do Estado, que é o responsável pelo ensino médio.
Para a deputada, os estudantes da Zona
Rural já são sacrificados por razões que todos conhecem e a ainda não
dispõe do mínimo que o governo tem o dever e a obrigação de oferecer: a
regularidade e a eficiência do ensino em todos os municípios do Estado
do Maranhão.
A parlamentar estranha o fato do
secretário de Educação desconhecer a falta de professores para iniciar
as aulas nos povoados de Caxias. “Não sou advogada, sou médica. Mas, sei
que existem maneiras de promover a contratação dos professores”,
afirmou.
Finalizando, Cleide Coutinho afirmou que
todos não podem é continuar assistindo, de braços cruzados, os filhos
das famílias pobres da zona rural de Caxias não ter direito ao aceso à
educação. “A governadora Roseana Sarney sempre disse que governar bem é
cuidar do povo. Mas ela não está cuidando nem dos estudantes”, lamentou.
Em seguida, o líder do Bloco Parlamentar
de Oposição, Marcelo Tavares (PSB), disse que 40% das escolas de ensino
do Maranhão estão sem aulas por falta de professores.
“Eu espero que o governo do Estado saiba
aproveitar este programa, interagir com as políticas públicas do Estado
e fazer disso uma alavanca importante para o futuro do Maranhão com
essas crianças. E aí a gente compara com a negação do ensino médio,
principalmente nas escolas da zona rural, nós ficamos preocupados com
isso”, revelou.
O parlamentar se solidarizou com o
discurso da colega de partido, Cleide Coutinho (PSB), que teceu críticas
ao ensino estadual. “Os números que chegam ao meu conhecimento é de que
40% da rede estadual de ensino não está funcionando adequadamente, por
falta de professores, e nós estamos nos aproximando na metade do ano
letivo. Com isso, o Estado do Maranhão deixa de cumprir uma missão
primordial, talvez a mais importante de um Governo, que é propiciar a
chance da melhoria de vida aos maranhenses através da educação”, afirmou
Marcelo Tavares, tecendo críticas também à Secretaria de Educação do
Estado.
Por último, o deputado Othelino Neto
(PPS) também criticou o descaso do governo do Estado, por meio da
Secretaria de Educação (Seeduc), com milhares de estudantes do ensino
médio de alguns municípios do Maranhão.
Segundo ele, as escolas estaduais dos
municípios de Alto Alegre, Presidente Sarney e de Pinheiro ainda não
iniciaram o ano letivo. “A situação em Pinheiro é ainda mais humilhante.
Os estudantes foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, quando
protestavam contra a falta de aulas”, lamenta.
Para Othelino, o que está acontecendo em
Alto Alegre e Presidente Sarney é realidade no município de Paulino
Neves. De acordo com Othelino, por falta de professores, ainda não
começou o ano letivo na única escola do município, que está prestes a
cair. “O FNDE liberou cerca de R$ 800 mil para construir a nova escola”,
disse.
O parlamentar reconhece que a Prefeitura
de Paulino Neves já fez sua parte da contrapartida do governo federal
para construir a escola, cedendo o terreno para erguer o prédio. “Por
falta de interesse e burocracia do governo do Estado, a Escola de
Paulino Neves ainda não foi construída”, lamenta.
Na avaliação e Othelino, esse é mais um
caso que evidencia um problema grave, eminentemente por falta de gestão
na área da educação do Maranhão. Ele reafirmou que não adianta colocar a
culpa no Ministério Público que fez uma recomendação, em função da
forma usada pelos gestores para contratar professores.
“Na realidade, é o concurso é a forma
democrática, legítima e legal para contratar os professores. Ao invés de
realizar um simples seletivo, o governo deve promover o concurso, que
cria o vínculo e fortalece o quadro de professores e o sistema
educacional do Maranhão”, disse Othelino.
(Com informações da Agência
Assembleia)
Blog Jonh Cutrim







Muito importante é a educação na vida de qualquer ser humano,que visa o cresimento pessoal e profissional,em busca de uma vida digna,educação a passos lentos é igual jogador sem perna,não faz gol,infelizmente lamento a superficialidade das pessoas,muita gente nem vai ler esta informação,principalmente quem tem net e tem escola,tem uma vida normal e não anormal como muitos dos interiores de nosso estado.
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